Filha de vítima de acidente em 2017 critica vice da Paraíso da Tuiuti

Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A filha da jornalista Elizabeth Ferreira Jofre, que morreu após ser atropelada por carro alegórico da Paraíso do Tuiuti em 2017, criticou o resultado dos desfiles das escolas de samba do Rio este ano.

A escola, que escapou de sanções da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) após o acidente, terminou a disputa este ano em segundo lugar.

É muito fácil quando não é sua mãe ou seu parente. É muita alegria. A gente comemora e vibra, né, desabafou Raphaella Pontes, em uma rede social.

No acidente, que ocorreu durante a entrada de um carro alegórico, 19 pessoas ficaram feridas. A jornalista, conhecida como Liza Carioca, foi a única vítima a morrer em decorrência dos ferimentos.

A Liesa decidiu não punir a escola na época. Mesmo tratamento foi dado a Mocidade Independente de Padre Miguel e União da Ilha, que também tiveram acidentes, embora sem vítimas graves.

Dessa forma, não houve rebaixamento no desfile de 2017, decisão que contou com o apoio das demais escolas de samba que compõem a Liga.

Uma escola que jamais merecia estar no Grupo Especial esse ano. Tinha que ter sido rebaixada, sim!, afirmou Raphaella, que criticou o tratamento dado pela Paraíso do Tuiuti às vítimas.

Não fizeram nada até hoje, não nos deram apoio, não nos indenizaram e as vítimas que sobreviveram estão sendo ajudadas por familiares e amigos, acusou ela.

Como eles querem cobrar e falar de política se nem fazem a parte que cabe a eles?, questionou. Nojo e tristeza me definem no dia de hoje.

Com grande repercussão, o desfile da Tuiuti falou sobre a escravidão, criticou a reforma trabalhista e trouxe entre os destaques um vampiro representando o presidente Michel Temer.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a Paraíso do Tuiuti para comentar o assunto.

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